A BR-101, no trecho entre Florianópolis e Itajaí pode entrar em colapso em dez anos. A conclusão é de estudo do engenheiro Newton Walter Gava, anunciado em matéria especial do site NSC Total, assinada pela jornalista Dagmara Spautz.
Ele apresentou seu diagnóstico na Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc, como resultado do estudo, encomendado pela Arteris (Auto Pista Litoral Sul), concessionária da rodovia. Pelas conclusões, em três anos (2021), o tráfego para. Em 10, colapsa.
Muitas obras serão necessárias para evitar o desastre viário, como elevados, faixas adicionais, pontes, investimentos que beiram os R$ 700 milhões só na região de Florianópolis. Outros R$ 93 milhões seriam necessários para a pista norte, entre Itajaí e Navegantes. Os projetos já estão prontos e serão encaminhados à ANTT, para aprovação. Qualquer demora pode ser desastrosa.
Mas mesmo assim é de se pensar: o mal é a BR cruzar em meio a aglomerados urbanos de altíssima densidade. Se resolver o ir e vir, não resolverá o entrar e sair, hoje formado por gargalos fenomenais, que não arrefecerão com as tais obras, porque cada vez mais veículos irão para as ruas e com o crescimento significativo da demografia, a tendência é irreversível, em maior ou menor grau. Da mesma forma, os entupimentos da rodovia inutilizará quaisquer obras visando á mobilidade urbana das cidades. Balneário Camboriú ficará travada, intransitável. Mas esta é uma “morte anunciada”. As medidas de hoje deveriam ter sido prevenidas ou realilzadas muito lá atrás. Tempo houve pra isso. Faltou ação e vontade.