Áudios de conversas entre guardas municipais de Balneário Camboriú, divulgados pelo Blog do Prisco, levantam suspeitas sobre uma manobra política que poderia ter como objetivo prejudicar o ex-governador Leonel Pavan. As gravações sugerem que a Guarda Municipal foi usada para criar um cenário que favoreceu a divulgação midiática de acusações contra Pavan, intensificadas pelo atual prefeito Fabrício Oliveira e seus aliados.
A polêmica começou com um suposto assalto em Brusque, que, segundo investigações, nunca ocorreu. Esse episódio foi utilizado como pretexto para abordar o empresário e jornalista Glauco Piai, cujo celular foi furtado. A situação gerou um clima de incerteza e desconfiança em torno das ações da Guarda Municipal, que é subordinada ao prefeito.
A resposta rápida de Juliana Pavan, filha de Leonel e candidata a prefeita, pelas vias legais demonstra a gravidade da situação. Ela questionou a competência da Guarda na abordagem e a legalidade da apreensão do veículo de Piai. Além disso, as origens dos áudios utilizados por Fabrício Oliveira e seu candidato à sucessão na prefeitura, Peeter Lee Grando, estão sendo investigadas pela Justiça.
Os novos áudios que surgiram indicam que alguns integrantes da guarnição envolvidos na operação poderiam estar agindo em favor da campanha de Peeter Grando. Essa suspeita intensifica as dúvidas sobre a veracidade das acusações feitas por Fabrício Oliveira, especialmente considerando que os celulares de Glauco Piai foram apreendidos pela Polícia Civil e, ainda assim, áudios particulares começaram a circular nas redes sociais do prefeito e do candidato.
O clima político esquentou ainda mais quando Fabrício Oliveira convocou uma coletiva para falar sobre o que ele chama de “crime eleitoral”. O assunto ganhou repercussão nacional, sendo destacado pela Folha de São Paulo em uma reportagem publicada na terça-feira (1).
A situação continua a se desenrolar com investigações pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), que já apreendeu os celulares de Glauco Piai. As revelações dos áudios entre guardas municipais colocam em xeque não apenas as alegações do prefeito, mas também a integridade das instituições locais.
Com um cenário político tão conturbado e cheio de pontas soltas, o futuro das eleições em Balneário Camboriú pode ser profundamente afetado. A população aguarda respostas claras sobre o ocorrido e a real motivação por trás das ações da Guarda Municipal e do governo local.
- Não houuve assalto em Brusque e Glauco Paiai fez revações em entrevistas nessa manhã em uma rádio local que comprovam cada vez mais a suposta armação.
Confira:
– “O pessoal da Inteligência gerou nos rádios uma ocorrência como se fosse um assalto em Brusque”.
– A inteligência daqui estava acompanhando um assalto em Brusque?
– Pois é. Estranho, né? (risos)
– Abordaram o carro, o Castanheira e o pessoal que faz o pós-crime da Guarda…
– A Guarda tem um pós-crime, agora?
– É, pra ti ver…
– Pela Rádio Corredor, eles já estavam acompanhando esse cara…estão trabalhando em campanha…
– O pessoal da inteligência ou pós crime?
– Os dois
– Andaram pesquisando o cara, foram no condomínio para pegar a placa do carro do cara, estão procurando coisa de política
– Então já estavam cuidando do cara faz tempo, isso é fita toda dada. Será que teve dedo duro na jogada ou é coisa de política mesmo?
– Cara, acho que tão procurando alguma coisa política mesmo…
– Pra variar estão usando a Guarda pra fazer manobra política, né?
– No fim fica ruim…é bucha. É rabo de foguete isso ai.
Fonte: Blog do Prisco
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