Em um vídeo que gerou polêmica nas redes sociais, o governador Jorginho Mello se manifestou sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Santa Catarina, afirmando:
“Já que o MST adora acampar em propriedade alheia, Santa Catarina vai acampar antes.”
As declarações de Jorginho Melo provocaram uma resposta imediata do deputado Padre Pedro Baldisseira, que não hesitou em confrontar o governador.
Durante sua manifestação, Baldisseira enfatizou que a área mencionada por Melo é, na verdade, uma propriedade da União, destacando que pertence ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
“Não, governador. Essa área é da União. Portanto, faz parte do INCRA. Quem está, de fato, invadindo é o senhor”, afirmou o deputado, ressaltando que as palavras do governador incentivam a violência e o ódio.
Baldisseira criticou a postura do governo, alegando que as declarações de Melo não buscam soluções para os problemas fundiários enfrentados por muitos trabalhadores rurais.
“Está incentivando a invasão de propriedades públicas. Está aqui, ó, a escritura. Isso aqui é propriedade do INCRA”, disse Baldisseira, exigindo providências imediatas do governador sobre a situação.
O deputado também destacou a importância da luta dos trabalhadores sem terra: “O MST nunca ocupou áreas prometidas. Sempre aquelas que não cumprem com a função social e que não são produtivas.”
Ele defendeu que os trabalhadores têm direito à terra para viver e produzir dignamente.
O embate entre Jorginho Melo e Padre Pedro Baldisseira evidencia as tensões em torno da questão agrária em Santa Catarina e levanta questões sobre a gestão de terras públicas e os direitos dos trabalhadores rurais. Com posições polarizadas e um cenário de crescente conflito, o debate sobre reforma agrária e ocupação de terras deve continuar a ser um tema relevante no estado.