O pai coloca a culpa na mãe. A mãe conta detalhes do crime cometido pelo pai. Por volta das 10h desta segunda-feira (7) um crime chocou Siderópolis, no sul de Santa Catarina. Os pais estão presos preventivamente no Presídio Santa Augusta, em Criciúma, por conta da morte por asfixia da filha mais nova do casal, uma bebê de 1 ano e dois meses. Um travesseiro teria sido utilizado para sufocar a criança.
– Está claro que esse bebê não era cuidado como deveria – pontua o delegado Fernando Pagani Possamai, que atendeu a ocorrência. – Nem do bebê, nem da outra criança – observa, lembrando que o casal tem também um filho de três anos. – Os pais eram relapsos com a alimentação, com a limpeza, e havia agressões físicas constantes – detalha.
O pai responde por tortura, homicídio qualificado e feminicídio, com agravantes de violência doméstica. A mãe, por omissão e maus tratos. Mas os dois divergem nas versões apresentadas. Ele, de 25 anos, não admite o crime e responsabiliza a companheira. Ela, de 19 anos, conta detalhes das agressões.
– A mãe contou que o pai tapou a boca e o nariz da criança para ela parar de chorar – confirma o sargento Everaldo Martins, da Polícia Militar, que estava com a guarnição que prestou o primeiro atendimento à ocorrência, ainda na manhã desta segunda no Bairro Esperança, em Siderópolis.
Ainda segundo a mãe, o pai tentou o sufocamento mas, depois disso, a criança teria adormecido normalmente. Pela manhã, quando foi trocar a fralda da bebê, é que ela notou que a criança “estava gelada, sem sinais vitais”, conforme relatou aos PMs. De pronto, pediu ajuda aos vizinhos e, acompanhada do pai, levou a criança ao Pronto Atendimento São Lucas. No local, os médicos estranharam a versão de mau súbito apresentada pelos pais. Acionada, a PM constatou que havia sido um sufocamento, confirmado posteriormente pelo Instituto Médico Legal (IML), processando a prisão em flagrante dos pais. O IML constatou, ainda, que a criança foi a óbito durante a madrugada.
O pai resistiu à prisão, chegando a causar avarias na cabine da viatura que o deslocou até a Central de Plantão Policial, em Criciúma. Ao constatar o histórico do acusado, o delegado Possamai verificou que ele estava em liberdade condicional por conta de um assalto e contava, ainda, com passagens por outros crimes, como tráfico, receptação e furto, além de ter contra si mais de vinte boletins de ocorrência e três prisões em flagrante.
Fonte: Jornalismo Band FM