Quem quiser se eleger, terá que catar muitos votos fora da Amfri
Levantamos uns dados aqui sobre candidatos à Assembleia, com históricos de outras eleições: ou saem arrombando a boca do balão da Amfri (11 municípios) ou ampliam bases fora da região – e bem -, pra ter chances de eleição.O único nome que fez as duas coisas (bem votado na Amfri e fora), foi Dado Cherem, na proporção de 50%, em média, em duas eleições – 2010 e 2014. Nem Pavan, em 2014, conseguiu a façanha. Depois de Dado, Pavan foi o de melhor desempenho em buscar votos fora, mas mesmo assim, diante do seu currículo (ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal, ex-prefeito por três mandatos de BC, coisa e tal), ficou muito abaixo do razoável.
Fábio Flôr
Em 2010 obteve 9.213 votos, dos quais 8.343 na Amfri e 870 fora. Suas maiores votações na região foram em Balneário Camboriú (5.536 votos) e Camboriú (1.755). Dentre os outros municípios, a maior votação subsequente foi em Itapema (359). No restante, abaixo de 200 votos.
Claudir Maciel
Em 2010 obteve 12.742 votos, dos quais 9.887 na Amfri e 2.855 fora. Suas maiores votações na região foram em Balneário Camboriú (5.045 votos) e Camboriú (2.420). Mas foi muito bem votado em Itapema (1.303 votos) e razoavelmente em Itajaí (822). Nos demais, abaixo de 100 votos.
Edson Piriquito
Em 2006 obteve 28.366 votos, dos quais 26.531 na Amfri e 1.835 fora. Suas maiores votações foram em Balneário Camboriú (17.314) e Camboriú (5.805), mas foi muito bem votado em Itrapema (1.555) e razoavelmente em Itajaí (750), Bombinhas (384) e Porto Belo (350). No restante, abaixo de 100 votos.
Leonel Pavan
Em 2014, obteve 43.470 votos, dos quais 34.424 na Amfri e 9.046 fora. Suas maiores votações foram em Balneário Camboriú (15.141 votos) e Camboriú (5.790), mas foi expressivamente votado também em Itajaí (3.786), Itapema (2.647), Navegantes (4.488) e Penha (1.760). Nos municípios restantes, ficou na média de 200 votos cada. Todos os analistas políticos do Estado o imaginavam na casa dos 150 mil votos para fora, devido ao seu currículo e mais ainda pelo fato de ser recém egresso do governo de SC. Menos dois mil votos e nem chegaria na titularidade. Descuidou, levado pela euforia das perspectivas otimistas.
Dado Cherem
O atual presidente do Tribunal de Contas do Estado foi candidato em 2006 e 2010, eleições nas quais se elegeu e reelegeu bem. Na primeira eleição chegou aos 44.232 votos, dos quais 23.749 na Amfri e 20.574 fora. Votações mais expressivas em 2006: Balneário Camboriú (12.692 votos), Camboriú (5.332), Itapema (1.848), Itajaí (1.174), Porto Belo (730). Em 2010, obteve 57.684 votos, dos quais 32.509 na Amfri e 25.175 fora. Suas maiores votações foram em Balneário Camboriú (14.325 votos), Camboriú (6.225), Navegantes (3.234), Itajaí (1.618), Itapema (2.532), Penha (1.702), Porto Belo (1.655), Bombinhas (557). Nas duas eleições, Dado soube capitalizar o fato de ter ocupado a Secretaria de Estado da Saúde e ter tido influência na vida de muitos municípios de Santa Catarina, gerando apoios estratégicos ao seu nome, coisa que Pavan, mesmo tendo sido governador, não conseguiu. Os números não mentem.
Estes valores analíticos reportam ao início da matéria: os candidatos daqui terão que se virar nos trinta se quiserem se eleger. Dependendo do número de concorrentes daqui – e ainda levando em conta os arribadores que sempre existem, cuja natureza é a mesma (buscar votos fora) – terá que haver uma campanha muito bem feita na Amfri e fora dela para alguém se insinuar acima dos demais. Em resumo, ter chances reais de vencer sem precisar de quociente partidário.
Sempre fica uma pergunta marota, dirigida aos eleitores dos municípios em cujas urnas os candidatos mais levaram votos e se elegeram: qual o retorno? Boa pergunta, não?
Moreira passa a foice nas ADRs
Com o compromisso de rigor no controle dos gastos e atuação prioritária nas áreas da Saúde e Segurança Pública, o governador Eduardo Pinho Moreira anunciou ações imediatas do Governo. Moreira anunciou a desativação de 19 pontos de saída de recursos, sendo 15 Agências de Desenvolvimento Regional e quatro Secretarias Executivas de Estado. Segundo o governador, a medida representa a redução de 185 cargos comissionados e uma economia anual de aproximadamente R$ 50 milhões.
Serão desativadas 15 Agências de Desenvolvimento Regional. São elas: de Itapiranga, Dionísio Cerqueira, Palmitos, Quilombo, Seara, Caçador, Ituporanga, Taió, Ibirama, Timbó, Brusque, Laguna, Braço do Norte, Canoinhas e São Joaquim. As demandas serão absorvidas por outras agências. No âmbito do governo central, serão desativadas as Secretarias Executivas da Articulação Estadual, de Assuntos Internacionais, de Assuntos Estratégicos e de Supervisão de Recursos Desvinculados.
Ao anunciar a redução nas despesas do Governo, o governador Eduardo Pinho Moreira reforçou o compromisso com as áreas que defende como prioridades da administração: Saúde e Segurança Pública.
A extinção dessas secretarias demonstra a sua inutilidade na estrutura de governo até aqui. Mas ainda é pouco. O correto mesmo, para abafar a boca do balão, seria extinguir as 36. Marcaria época.
Na Assembleia, o fato repercutiu. Percebeu-se, com meridiana clareza, que os deputados contrários foram os que mais usam as estruturas da ADRs para fazer política e nomear apaniguados. Nada diferente no front da República.
País tem 63 milhões ainda sem internet
De acordo com o IBGE, ainda havia 63,3 milhões de pessoas sem internet no Brasil no fim de 2016, em 21 milhões de residências. Deste total, 75% (47,7 milhões) não usavam a rede por falta de interesse ou desconhecimento. Dos conectados, 94,5% trocavam mensagens por aplicativos, e 76,4% assistiam a vídeos.
Prisão em segunda instância, sim ou não
O ministro Celso de Mello, o mais antigo do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu que o plenário da Corte volte a analisar, em breve, se pessoas condenadas e sem possibilidade de recursos na segunda instância da Justiça devem ou não começar a cumprir suas penas de imediato.“Essa é uma questão extremamente delicada, porque envolve a preservação da liberdade individual, então é preciso que o Supremo Tribunal Federal realmente delibere”, disse Celso de Mello na quarta (21), antes da sessão plenária.O ministro lembrou que duas ações declaratórias de constitucionalidade sobre o assunto, protocoladas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2016 e relatadas pelo ministro Marco Aurélio Mello, estão prontas para serem julgadas, pendentes somente de que sejam colocadas em discussão pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a quem cabe elaborar a pauta de julgamentos.O tema, polêmico, encontra-se sob impasse no Supremo, sendo objeto de decisões aparentemente conflitantes em julgamentos de pedidos de liberdade analisados pelas duas turmas que compõem a Corte, onde é julgada a maioria das questões criminais no STF.
Maia: novo imposto para segurança, não
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), descartou a criação de novos impostos no país. Segundo ele, o presidente da República teria consultado sobre a possibilidade da criação de um imposto para custear gastos com segurança pública.“Aqui na Câmara, não passa a criação de nenhum imposto”, afirmou. “Informalmente o presidente [Michel Temer] perguntou e eu disse a ele que o único caminho que ele teria era uma Emenda Constitucional, que o próprio decreto de intervenção inviabiliza. Acho que não é essa discussão. Ao invés de se tratar de um aumento de receitas, a gente pode tratar da diminuição de despesas. Podemos começar diminuindo o número de ministérios, pode ser um caminho”, completou.A discussão sobre o aumento de receitas ocorre após a divulgação do pacote de 15 propostas econômicas consideradas prioritárias pelo governo.