Descaso no IML: Promotor denuncia condições precárias em Balneário Camboriú

Vergonha em Santa Catarina, IML de Balneário Camboriú sob críticas: Feto na geladeira e falta de segurança revelados. 

Promotoria de Balneário Camboriú relata uma situação alarmante e vergonhosa envolvendo o Instituto Médico Legal (IML) de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

O promotor de justiça Luís Eduardo Couto denunciou as precárias condições sanitárias do local, descrevendo a presença de um feto na geladeira e corpos empilhados, evidenciando um completo descaso.

Além disso, o promotor apontou a falta de segurança nas instalações do IML, destacando a ausência de guardas, janelas protegidas por grades e câmeras de vigilância. Também mencionou a inexistência de uma sala de espera adequada para os que aguardam exames, obrigando as pessoas a esperarem do lado de fora, sob sol ou chuva.

Diante dessas condições insalubres e inadequadas, Luís Eduardo Couto enviou ofícios a autoridades públicas locais, como o secretário de Planejamento Urbano Rubens Spernau e a diretora de Vigilância Sanitária Aline de Oliveira, solicitando medidas urgentes. Uma das demandas apresentadas é a construção de uma nova sede do IML em um terreno próximo à BR-101 para melhorar o atendimento aos 15 municípios atendidos pela instituição.

O denuncia também destaca a falta de resposta do Secretário Rubens Spernau quando questionado sobre o recebimento do documento, sugerindo que ele encaminhou o assunto à Secretaria de Saúde. No entanto, ao ser enviado uma cópia do ofício, o secretário não se manifestou.

Essa situação demonstra a necessidade urgente de melhorias nas condições do IML de Balneário Camboriú para garantir um ambiente digno para os profissionais que ali trabalham e para as famílias que buscam por atendimento em momentos delicados.

Luís Couto reforça que a falta de estrutura para o armazenamento dos cadáveres implica no crime de vilipêndio a cadáver, descrito no artigo 212 do Código Penal.

“As fotos acostadas aos autos são estarrecedoras! Enquanto um cadáver é examinado na sala de necrópsia, a menos de três metros estão a cozinha (destinada aos servidores), e a sala de exames realizados em vivos. Ora, embora, evidentemente, a necrópsia seja realizada a portas fechadas, sabe-se que após a morte, o corpo pode excretar secreções com alto potencial de transmissão de vírus e bactérias, os quais, facilmente, são transmitidos pelo ar”

LUÍS EDUARDO COUTO, PROMOTOR DE JUSTIÇA

Fonte: Rádio Menina FM

Jornalismo O Janelão

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