Falece Teixeirinha, o ícone histórico do futebol de Santa Catarina

Faleceu Nildo Teixeira de Melo, o Teixeirinha, ícone do futebol catarinense e brasileiro. Pai do jornalista Nildo Teixeira de Melo, o filho, conhecido como Bola. Ele deixa seu ilustre nome na galeria dos grandes do esporte catarinense e brasileiro. Sempre lembrado e muitas vezes injustiçado, historicamente falando.

Teixeirinha, ou Nildo Teixeira de Melo, nasceu em Tubarão (SC), no dia 03 de agosto de 1923. É considerado o maior jogador da história do futebol catarinense. Atuou no Palmeiras, de Blumenau; (1944/47), Botafogo, do Rio de Janeiro (1947), Bangu, do Rio de Janeiro (1948/50); Carlos Renaux, de Brusque, (1951/61) e Olímpico (Blumenau, (1962/63) e encerrou a carreira aos 43 anos no ano de 1966 .

(Teixeirinha no Bangu, ao lado do grande Zizinho (Mestre Ziza)

Apesar de ter sido pré-convocado, não foi para a Copa de 1950, segundo o site futebol.com, por questões políticas envolvendo dirigentes cariocas e paulistas que davam preferência a jogadores de seus estados. João Saldanha foi quem indicou Teixeirinha para a seleção.

Quando atuou no Bangu, participou de uma excursão pela Europa com um combinado entre Bangu e São Paulo.Destro, Teixeirinha era ponteiro-direito, mas não guardava posição. Corria muito. Chegava a vencer militares nos 100 metros rasos quando praticava atletismo.
Teixeirinha foi Pentacampeão pelo Palmeiras Esporte Clube de Blumenau na Liga LBF – Liga Blumenauense de Futebol (1944/45/46/47/48). Foi ainda campeão do Centenário de Blumenau pelo Palmeiras em 1950,tricampeão pelo Carlos Renaux da LBF – (1952/53/54) e 1958. Foi também  tricampeão da liga de Brusque (1960/61/62), campeão pela Seleção Catarinense Sul Brasileiro em 1960.

Estreou aos 19 anos pelo extinto time da Companhia Itajahiense de Phosphoros (CIP). De 1944 a 1960, atuou 21 vezes pela Seleção Catarinense. Nunca foi campeão estadual. Quando o Carlos Renaux conquistou o título, em 1953, ele estava no Caxias, de Joinville. No ano seguinte, a equipe joinvilense venceu o Catarinense — mas aí Teixeirinha já havia voltado para o tricolor de Brusque.
Teixeirinha acabou comemorando um título estadual em outro esporte: em 1964, aos 41 anos, ganhou a medalha de ouro jogando tênis por Blumenau nos Jogos Abertos de SC.

A última vez que esteve em um estádio foi na estreia do ex-botafoguense Loco Abreu pelo Figueirense, contra o Atlético-MG.

Foi no Botafogo, em 1947, que o talento do tubaronense extrapolou as fronteiras estaduais. Ao final da temporada, descartou a proposta para permanecer no Rio e voltou para o Palmeiras, de Blumenau. Em 1950, retornou ao futebol carioca, desta vez para o Bangu, pelo qual acabou excursionando à Europa.

O jogador foi artilheiro da Seleção Catarinense pela 21a edição do Campeonato Brasileiro de seleções, disputada em 1952. Naquele ano jogava pelo Carlos Renaux e em 4 jogos fez 4 gols. Foi autor do gol que eliminou a Seleção Capixaba na 1ª Fase e fez 3 gols contra a seleção Baiana na 2ª fase.

Apesar de não ter evitado a eliminação dos catarinenses, Teixerinha acabou como artilheiro da sua equipe. Disputou ainda os campeonatos Brasileiros de 1956 e 1960, mas não fez gols e em ambos, sua seleção foi eliminada pelos paranaenses.

Não se tem números oficiais de quantos gols fez na carreira. Mas, o talento é exaltado por todos. Em 2008 a Federação Catarinense de Futebol reconheceu Teixeirinha como o maior jogador de futebol de Santa Catarina de todos os tempos, agraciando-lhe com um bonito troféu.

(Fotos: Livro – O Craque eterno, de Bola Teixeira, 2001/ site O Historiador do futebol/Marcelo Dieguez.
Texto: 
site O Historiador do futebol/Marcelo Dieguez)

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