Morador de Tijucas denuncia Hospital Municipal Ruth Cardoso em Balneário Camboriú

Tijucas, SC – Ademir, um morador de Tijucas, está fazendo um apelo por justiça e melhores condições de atendimento no Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC) em Balneário Camboriú. Sua esposa, que foi internada com um quadro grave de pneumonia, enfrentou uma série de dificuldades e atrasos no atendimento que levantam questões sérias sobre a qualidade do serviço prestado.

No dia 28 de agosto de 2024, a esposa de Ademir foi transferida da UPA de Porto Belo para o HMRC. Segundo ele, ela já estava sob tratamento com antibióticos desde o dia 21 de julho, mas seu estado se deteriorou a ponto de necessitar de internação. Ao chegar ao hospital por volta das 9h da manhã, enfrentaram uma espera angustiante até o atendimento. Apesar da gravidade do caso, com uma infecção alta diagnosticada, a internação só foi formalizada às 15h, após Ademir buscar informações diretamente com a equipe médica.

A situação se agravou quando Ademir percebeu que sua esposa não estava recebendo alimentação adequada durante o dia inteiro. Ele teve que recorrer à assistente social para garantir que ela fosse alimentada, mesmo sabendo que o quadro dela não exigia uma cirurgia imediata. A internação inicial ocorreu em uma poltrona na observação 3, um local destinado apenas para pacientes em medicação e não para internações convencionais.

Durante os cinco dias seguintes, Ademir relata que sua esposa permaneceu em condições inadequadas, recebendo apenas promessas de melhora enquanto seu tratamento não avançava como esperado. A mudança para uma maca na observação 1 só ocorreu após insistência constante e depois de observar o sofrimento dela.

O relato de Ademir aponta ainda para uma possível discriminação no atendimento. Ele ouviu comentários que sugeriam que pacientes de Tijucas estavam sendo preteridos em favor dos moradores locais de Balneário Camboriú, devido à maior disponibilidade de verbas estaduais para a cidade. Essa situação agravou ainda mais a angústia da família durante o tratamento.

Com o passar dos dias e várias mudanças nos antibióticos prescritos, Ademir continuou a questionar a equipe médica sobre o estado real da sua esposa. No dia 8 de setembro, ele pediu acesso ao prontuário médico e recebeu uma resposta negativa de um enfermeiro, que alegou ser impossível fornecer acesso ao documento antes do prazo estipulado pela instituição.

Este caso levanta preocupações sobre a transparência no atendimento hospitalar e os direitos dos pacientes. Ademir está determinado a fazer ouvir sua voz e buscar melhorias nas condições do hospital para que outros pacientes não enfrentem as mesmas dificuldades que sua esposa.

A Lei 13.324, sancionada durante a gestão do Governador Luiz Henrique da Silveira, garante em seu artigo 13 que “o paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento”. Recentemente, enfrentei dificuldades para exercer esse direito no hospital onde minha esposa Tatiane estava internada.

Nosso portal está aguardando uma resposta da direção do hospital ou da Prefeitura municipal de Balneário Camboriú sobre esta denúncia realizada pelo morador de Tijucas. Temos espaço aberto para manifestações do hospital.

One Comment on “Morador de Tijucas denuncia Hospital Municipal Ruth Cardoso em Balneário Camboriú”

  1. Agradeço ao jornal pelo empenho na justiça, infelizmente o HMRC tem uma capa bonita porém a parte interna do hospital sofre com uma má gestão.

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