Nessa última quarta-feira, 18 de dezembro de 2024, o ex-vice-prefeito de Camboriú, Silvio Cardoso Júnior, celebrou a sua posse como deputado estadual na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). A vaga foi deixada por Egídio Ferrari, que se elegeu prefeito de Blumenau. No entanto, a alegria do novo deputado foi ofuscada por um pequeno mal estar envolvendo seu partido, o PRD (Partido Republicano Democrático).
De acordo com informações de Altemir de Quadros, repórter da Rádio Menina FM de Blumenau, a situação no plenário foi tensa.
“Ele teve que se esconder na sala do presidente da Assembleia. O medo de Cardoso era que o pessoal do partido estivesse com um ofício para oficiar ele para não assumir. Nesse caso dele ser impedido que assumiria era o suplente “, relatou. Cardoso precisou aguardar até ser chamado para tomar posse, enquanto policiais militares da Alesc formaram um cordão de proteção para evitar que os supostos opositores se aproximassem dele.
A confusão surgiu, quando uma reunião da Comissão de Ética do PRD, homologou a expulsão de Cardoso por suposta infidelidade partidária. Segundo informações apuradas pela nossa redação, essa decisão foi comunicada à Alesc e registrada no Tribunal Regional Eleitoral e em cartório eleitoral antes da posse do político, prometendo desencadear uma batalha judicial.
As acusações contra Júnior Cardoso estão ligadas à sua participação em uma convenção partidária que declarou apoio ao candidato Ramon Jacob (PL) na disputa pela prefeitura de Camboriú. No entanto, ele optou por apoiar Edson Piriquito (MDB) e outros candidatos a vereador que não pertenciam ao PRD ou a partidos aliados, desrespeitando as diretrizes da legenda.
Com a expulsão do partido, Cardoso corre o risco de perder a vaga que ocupa na Alesc. O primeiro suplente do PRD do pastor Júnior de Camboriú, é Jonathan Mendes, vereador eleito de Lages ou ao segundo suplente, Luiz Sales, vereador de Joinville.
Especialistas em direito político afirmam que Cardoso deverá buscar manter sua vaga através da Justiça. A infidelidade partidária é uma questão recorrente em disputas judiciais no Brasil, especialmente quando envolve mandatos parlamentar e o PRD, está correto.
O presidente estadual do PRD, Fábio Lopes Silva, comentou sobre a decisão:
“Essa medida reflete nosso compromisso com o respeito ao estatuto e à fidelidade partidária. Reforça nossa ética e responsabilidade no uso do mandato e nos alinhamentos políticos do partido”.
Procurado para comentar as acusações e a decisão do partido sobre sua expulsão, Cardoso Júnior não foi localizado. O PRD destacou que os atos considerados desrespeitosos foram amplamente documentados durante as eleições municipais.
A situação envolvendo Cardoso traz à tona questões relevantes sobre lealdade partidária e as consequências políticas decorrentes das escolhas dos representantes eleitos. Resta saber como esse embate se desenrolará nos próximos dias e quais serão os desdobramentos judiciais dessa controvérsia.
Jornalismo O Janelão – Fonte SC em Pauta e Altemir de Quadros